A pandemia e o isolamento social impuseram um novo ritmo à população. Menos movimentação, menos exercícios físicos e mais idas à geladeira. As alterações na rotina, o estresse e as questões psicológicas que envolvem o momento delicado que vivemos mundialmente resultaram no desenvolvimento de novos comportamentos alimentares, por exemplo, e muitos nocivos à saúde, já que a ansiedade pode levar a transtornos compulsivos ligados à relação das pessoas com a comida.
Quem comprovou tudo isso foi a Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, que fez uma análise de dados coletados entre abril e maio do ano passado e publicou o resultado por meio de pesquisa, que demonstrou comportamentos alimentares nada saudáveis. Entre eles estão:
- O ato de comer e petiscar sem pensar, o que causa maior consumo de alimentos;
- Diminuição generalizada do apetite;
- O hábito de comer para lidar com os acontecimentos;
- Redução do consumo nutricional relacionada com a pandemia;
- Ressurgimento ou aumento considerável de sintomas de transtornos alimentares.
Ainda segundo o estudo, 8% dos 720 participantes afirmaram ter um controle excessivo do peso e 14% relataram compulsão alimentar, resultados associados a sintomas depressivos e dificuldades financeiras.
Os transtornos, sem dúvida, são os mais preocupantes identificados nesse estudo. Ter uma relação ruim com a comida – seja comendo demais, seja de menos – influencia negativamente a saúde física e mental, causando transtornos psicológicos, desnutrição pelo emagrecimento não saudável ou ganho excessivo de peso pelo consumo de alimentos não nutritivos.
É importante observar os sinais que podem indicar algum problema, como incômodo excessivo com a própria imagem, perda de peso repentina, restrição alimentar autoimposta, isolamento social, ansiedade e impulsividade.
Se você estiver com esses problemas ou conhecer alguém nessa situação busque ajuda psicológica e nutricional para tornar sua relação com a comida mais saudável.