Iniciamos o segundo semestre, e a pergunta que fica é: será que teremos outro ano perdido para os negócios? No segmento da hotelaria, no qual atuo há mais de dez anos com consultoria e auditoria em segurança alimentar e de ambiente, o balanço de 2020 não foi positivo, apesar do aumento da taxa de ocupação no final do ano. Ainda assim, a leve subida, que atingiu 30% de ocupação, não foi suficiente para o setor respirar aliviado e, mesmo com a vacina tendo chegado no início de 2021, o primeiro semestre também seguiu tímido em razão do aumento dos casos de Covid-19 na maior parte do país.
Então, quais são as perspectivas para o segundo semestre?
Vemos diversos países europeus, os Estados Unidos, entre outros, voltando ao normal e incentivando o turismo interno no verão, já que a maior parte da população está imunizada. Penso que o Brasil pode seguir os mesmos passos se investir na compra de mais doses e acelerar a vacinação em massa.
Em conversa com meus clientes, eles demostram que a expectativa é boa, inclusive agora para julho. Na Região Sul, o frio e as rotas turísticas de inverno são o atrativo. Já no Rio de Janeiro, a grande aposta é receber os turistas durante as férias escolares, pelo clima gostoso da estação, que permite frequentar as belas praias do estado.
Uma pesquisa da empresa Hoteis.com mostrou que os turistas estão se planejamento menos, viajando de última hora e apostando na espontaneidade para retomar os planos dos roteiros. No Brasil, o estudo apontou que 92% das pessoas entrevistadas pretendem ser mais impulsivas depois de terem viagens cancelas.
Com o avanço da vacinação, a tendência é que as pessoas se sintam mais seguras e retomem as viagens, mas sem esquecer as medidas de proteção. Por isso, é muito importante que os viajantes pesquisem sobre os meios de hospedagem e que soluções de segurança estão sendo implementadas.