Quando falamos em segurança alimentar não estamos fazendo alusão ao alimento seguro, livre de contaminação, e aos seus aspectos sanitários. Esse conceito é muito amplo e refere-se também à garantia da alimentação para a população, que ocorre quando o acesso à comida e a sua disponibilidade estão assegurados. A crise econômica agravada pela pandemia em 2020, e que se demonstrou ainda mais severa este ano, escancarou as desigualdades sociais a tal ponto que a alta de preços dos alimentos conduziu o Brasil de volta ao Mapa da Fome.
O agravamento da insegurança alimentar no país tem alguns pontos determinantes, como a inflação dos itens da cesta básica (além de outros produtos) puxados pela alta do dólar, o fim do Auxílio Emergencial, o desemprego e outros fatores socioeconômicos.
Em entrevista ao jornal Estadão, Daniel Balaban, chefe do Escritório Brasileiro do Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas, afirmou que vê com preocupação o cenário de insegurança alimentar no Brasil e disse que “estamos caminhando a passos largos para voltar” ao Mapa da Fome, situação da qual o país havia se livrado desde 2014.
Políticas públicas devem auxiliar a população em casos críticos como o que estamos vivendo agora. Mas o que nós podemos fazer como cidadãos?
Com atitudes simples podemos contribuir um pouco para modificar esse cenário, por meio do consumo consciente, do incentivo aos pequenos produtores – comprar de agricultores locais –, da eliminação do desperdício e, ainda, da prática da solidariedade, por meio de doações.